Leia o título como Crítica – Um Milhão de Modos de Morrer no Oeste ou Crítica – Mil e Uma Maneiras de Morrer no Oeste, que seriam melhores opções do que o ficou no final…
Estreia no Brasil 28 de agosto.
Pra começar esse filme era muito esperado aqui no site, creio que Ted (Seth MacFarlane, 2012) agradou todos os membros dessa página e eu não calava a boca sobre o trailer de Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola… O péssimo título nacional de “A Million Ways to Die in the West”. Fique com isso em mente no decorrer da crítica, e vamos ver se a nova empreitada de Seth MacFarlane nos cinemas e sua tentativa de ser um astro de cinema, e não “apenas” roteirista, diretor e dublador, foi um sucesso ou não.
Nesse longa que parodia os filmes de faroeste temos o Sr. MacFarlane interpretando Albert Stark, um pastor de ovelhas covardão com uma mente bem suja no meio do Arizona em 1882. O tal pastor tem como melhor amigo Edward (Giovanni Ribisi), um virjão reparador de sapatos que tem como namorada Ruth (Sarah Silverman), uma prostituta que atende até 15 clientes por dia. De qualquer modo, depois que Albert foge de um duelo, sua namorada volúvel, Louise (Amanda Seyfried) o deixa pelo bigodudo Foy (Neil Patrick Harris). Entretanto uma misteriosa e bela mulher, Anna (Charlize Theron), chega à cidade e ajuda o covardão a encontrar sua coragem e talvez até o amor. Tudo piora quando o marido da moça, o perigoso bandido Clinch (Liam Neeson), vai a busca de sua esposa. Será que o Albert irá obter coragem suficiente para desafiar esse perigoso fora-da-lei nessa comédia com muitas mortes malucas?
O filme parece uma versão ao vivo do desenho “Family Guy” (Uma Família da Pesada aqui no Brasil), outra e famosa produção de Seth MacFarlane, com outros personagens, claro. O filme tem uma história mais ou menos coerente até Albert ter acidentalmente uma overdose de uma poção psicodélica com alguns índios. O destaque da produção é Neil Patrick Harris (o Barney de How I Met Your Mother/ Como Eu Conheci Sua Mãe), ele como o almofadinha vaidoso Foy ajuda um bocado o filme, ainda mais com seu bigode “símbolo máximo da masculinidade”. Destaque para seu momento musical “The Moustache Song”, sim, “A Música do Bigode”. Esse longa é obcecado em fazer referências ao maior número possível de westerns, algumas funcionam, mas a maioria não. Fique esperto com a participação de Django, sim o personagem que Jamie Foxx deu vida, do celebrado Django Livre de Quentin Tarantino. Também há outra aparição que irá agradar quem nasceu nos anos 80, se bem que é tão rápida e do nada que é um pouco decepcionante não aproveitarem mais.
A química entre Charlize Theron, como Ana e Seth MacFarlane, como Albert, funciona muito bem. E a jogada de Albert não ser o herói do filme, mas “o cara na plateia zoando a camisa do herói” é bem apropriado para MacFarlane. Contudo a atuação de Seth MacFarlane é bem abaixo de seus companheiros em tela, o que é até compreensível, já é que seu primeiro papel ao vivo nas telonas.
Essa dupla funciona, pena que o filme não termina nunca… Não me matem fãs de Seth MacFarlane
Apesar do ótimo elenco, algumas boas piadas, o filme apela muito para piadas de peido e cocô, algo que não é do meu grado. Um dos grandes problemas é que o filme é muito, muito, mas muito longo, sem contar que as piadas têm pausas enormes entre elas. Tudo bem uma piada demorar a ter seu resultado, mas isso tem que ser feito com maestria e sutileza, ambos os fatores que faltam nesse filme. Mas com certeza o que detona esse filme é a edição, faltou cortar. A obra tem um zilhão de piadas, entretanto só uma parte delas que valem a pena. Sem contar que muitas delas são repetitivas. Sei que humor é subjetivo, contudo a falta de ritmo e o excesso, em tudo praticamente, matam o clima até para quem ri de tudo.
Esse filme tinha muito potencial, é um saco ver quando um cara de talento errou o alvo. Infelizmente é uma decepção, faltou foco, e sabemos que MacFarlene pode fazer um filme melhor, vide Ted. Veja nas telonas só se for muito fã de Seth MacFarlene, e mesmo assim vá com cautela. É uma pena, quem sabe o cara tem um tiro certeiro na próxima.
Nota: (2 / 5)
O trailer tem os melhores momentos do filme, fica a dica
Achei o filme muito bom, talvez porque ao contrario de você, eu goste de piadas de baixo calão sobe cocô e afins. É um filme com uma história até que bem cliche, mas eu dei boas gargalhadas, alto recomendo o filme se estiver a procura de risadas bobas. Adoro o trabalho de Seth MacFarlane.
Opa fia, tudo em riba? Pra começar, que bom que tu curtiu o filme e só pra deixar claro, não sou pudico, não tenho nenhum gaio com palavrões. Curto pra carai as obras de Seth MacFarlane, principalmente Family Guy e Ted, mas esse filme acho que ele repetiu demais as mesmas piadas e forçou a barra no cocô e tal. Piadas de peido e cia, eu acho, que só funfam em pequena quantidade. Maaaas, gosto é gosto, né? Acho que se for muito fã do cara vale a pena ver de qualquer modo, contudo ainda acho que não é um filme para todo mundo. Continue a aparecer por essas bandas da internet, aquele abraço e inté!