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Filmes De Super-Heróis 2013 – Parte 2

by on outubro 7, 2013
 

Confira a primeira parte da retrospectiva, Homem de Ferro 3, aqui.

O primeiro e mais icônico super-herói de todos os tempos voltou aos cinemas neste ano em Superman, O Homem de Aço. O filme é completamente oposto ao anterior, Superman Returns, não só no fato de ser um novo começo, mas sim por focar em pontos diferentes.

O filme de 2006 dirigido por Bryan Singer foi uma homenagem – continuação aos filmes de Christopher Reeve. Entretanto não foi bem aceito pelo público, e apontaram como princial defeito a falta de cenas de combate. Devido ao resultado aquém das expectativas o personagem ficou suspenso.

Após o sucesso de TDK a Warner convidou Cristopher Nolan para produzir o filme, mas pelo jeito ele apenas supervisionou o projeto, cabendo ao diretor Zack Snyder efetivamente guiar os novos rumos do herói.  Snyder nesse filme deixa de lado parte de sua assinatura, como câmera lenta e falas marcantes, porém os detalhes ainda remetem ao estilo do diretor, com estéticas exageradas (planeta Krypton) e foco nas lutas – ou seja, a Warner foi de um extremo ao outro na abordagem de seu personagem.

Essa mudança drástica acabou afetando o Super-Homem que conhecemos das HQs e dos filmes antigos, criando uma essência que os fãs desconhecem. Quando pensamos no Super-Homem, vem à mente é aquele herói que se coloca na frente do perigo, visando proteger inocentes acima de tudo, com princípios morais e éticos representando tudo que é correto. Em o Homem de Aço, vemos esse herói somente em cenas pontuais, salvar pessoas fica até em segundo plano. Porém o mesmo não pensa duas vezes ao jogar inimigos em prédios, trens, postos de gasolina e o que estiver na frente, evidenciando um grande descompasso do que ele diz querer fazer e do que as cenas de ação acabam mostrando.

manomanomanosteel

Os momentos que mais aproximam o público do herói são nas cenas da juventude de Clark em Smallville. O foco nos demais momentos é na posição do personagem naquele mundo, os efeitos que sua simples presença irá causar, buscando manter-se incógnito a todo custo (inclusive não podendo salvar a vida de seu pai adotivo). Nesse ponto o filme até levanta uma questões plausíveis e interessantes. E Henry Cavil faz um papel competente ao interpretar essa versão do Super-Homem.

O filme tem várias cenas questionáveis, a respeito da personalidade do herói quanto de situações sem sentido ou propósito. Como um herói que busca vingança contra motorista de caminhão após uma discussão em um bar, e até a pior delas, quando para deter Zod ele o mata, algo totalmente incompatível com os princípios do Super-Homem, não interessa sob qual contexto isso é colocado. Outro fator que causa estranheza é a ausência de Clark Kent no filme, a divisão de personalidade tão comum não é vista, sendo deixada para um próximo filme.  Cenas sem propósito como: o embarque de Lois na nave Kryptoniana; a nave prisão do grupo de Zod que é transformada facilmente em uma nave intergaláctica, um cientista que enche de porrada um líder militar; referências religiosas que não levam a nada, ficando perdidas dentro do filme; entre outras.

Michael Shannon as General Zod in Man Of Steel

Os demais personagens na trama tem um papel diminuto, somente o General Zod é mais interessante. Zod (Michael Shannon) é o chefe militar de Krypton, vê assim como Jor-El, que seu planeta está próximo de fim devido à falta de visão do conselho. Com sua postura fixa e postura compenetrada ele tenta tomar o seu planeta assim, mas logo seu plano fracassa e preso na zona fantasma (por bem pouco tempo, na verdade isso pra ele foi ótimo). Assim que se torna livre, vai atrás dos dados que precisa para criar uma nova Krypton, mesmo que tenha que matar milhões para isso.

Os efeitos especiais são o ponto alto do filme, os visuais tentam retratar e buscar justificativas plausíveis. O mais interessante são às lutas: rápidas e destrutivas, no melhor estilo DBZ, conseguindo capturar o que seria um combate entre super seres e a diferença com humanos normais.

O filme estabelece um novo Super-Homem, voltado para se encaixar aos padrões atuais e esquece muito do herói clássico. Dizem representar uma visão menos inocente e mais real, mas acho que não precisavam retirar características fundamentais para fazer isso. Mas pela bilheteria que o filme teve, com certeza esse será o Super-Homem que continuaremos vendo nos cinemas. 

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