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Crítica – Gravidade

by on outubro 8, 2013
 

Gravidade estreia no Brasil 10 de outubro.

Um filme de arte pode ser sucesso comercial? Gravidade (Gravity no original) de Alfonso Cuarón (diretor do fabuloso Filhos da Esperança, 2006) prova que isso é possível. Em seus 90 minutos de pura maestria cinematográfica, nenhuma cena é desperdiçada em algo superficial. Alguns já chegam a comparar esse filme com 2001: Odisseia no Espaço, mas é para tanto? Já adianto que sim. Para se ter uma ideia, o plano de abertura dessa ficção científica é de tirar o fôlego, um verdadeiro balé espacial que duram um pouco mais de 10 minutos, é algo que você nunca viu antes na vida. Mas vamos à história.

George Clooney é o astronauta veterano Matt Kowksky, “Houston, eu tenho um sentimento ruim sobre essa missão” é o que ele diz, brincando, enquanto ele orbita sobre a gigante Terra embaixo dele no começo do filme. Se ao menos Matt soubesse o quanto ele estava certo… O experiente astronauta está em uma missão de conserto do telescópio Hubble, em sua equipe encontra-se a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock). Ambos, Matt e Ryan, são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados no espaço sideral. Sem qualquer apoio da base terrestre da NASA, sem oxigênio, sem som, os dois astronautas terão de tentar sobreviver ao hostil vácuo, tendo poucos minutos para chegar a uma solução para se salvarem. Eles precisam encontrar um jeito de sobreviver em meio a um ambiente completamente inóspito para a vida humana.

O roteiro, uma colaboração de pai, Afonso Cuarón, e filho, Jonas Cuarón, conta uma história simples e direta. Como sobreviver no espaço antes do oxigênio acabar? Gravidade é a clássica história de pessoas ordinárias fazendo feitos extraordinários para sobreviver. O extra é o cenário, ver a Terra ao fundo, em toda sua magnitude, faz você repensar sua vida. Esse filme é como a canção pop perfeita, ele te pega em todos os sentidos, é algo esperto, dinâmico e surpreendente. Vale destacar o diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, parceiro de longa data nas produções de Cuáron, que faz coisas mágicas com sua câmera, que parece flutuar no decorrer do filme, em alguns momentos ela até passa pelos capacetes dos astronautas, fazendo o espectador questionar como aquela cena foi realizada. Vivemos numa época em que até os filmes bons abusam do tempo de duração, a maioria dura mais do que deveria. Quando Gravidade chega a seu fim, como todas as coisas boas,  te deixa com a sensação de quero mais. Para isso só indo conferir esse bela obra novamente, pois filmes como esse, com uma bela história, grandes atuações, visuais incríveis e tempo exato, só aparecem de tempos em tempos.

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