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Crítica do EP London, obra da promessa de 2014, a cantora Banks

by on fevereiro 14, 2014
 

Banks é o nome artístico da novata Jillian Banks, uma cantora americana que ainda vai dar o que falar. Ela começou a escrever suas próprias composições desde cedo, 15 anos, e ainda é autodidata no piano, talento que ajudou a jovem a superar o divórcio dos pais. Nada mal. A música da garota ganhou alguma repercussão internacional graças a certa campanha mundial da Victoria´s Secret que usou uma de se suas composições (mais precisamente Waiting Game, confira o curtíssimo spot aqui).  Banks já foi nomeada a vários prêmios, incluindo Sound of 2014 pela BBC e MTV Brand New Nominee 2014, mas pode ter certeza que ela ganhará muito mais que indicações. Com 25 anos, essa jovem de Los Angeles é constantemente comparada a Lana Del Rey e Frank Ocean, apesar de que a própria cita Fiona Apple como sua maior inspiração. Seu primeiro EP (extended play, o meio termo entre um compacto e um álbum) foi lançado no ano passado, 2013, e sobre ele que iremos falar aqui.

Jillian Banks tem o interesse de ter uma relação pessoal com quem escuta sua obra. A artista deixa até seu número pessoal em sua página do Facebook e encoraja que os fãs liguem. Ok então.  Com um estilo diferente, as quatro músicas do EP de estreia dessa jovem irão grudar em sua caixa de som ou fones, e vai deixar mais do que claro que Banks quer ficar em sua vida.

“London” é o nome desse trabalho de Banks, que apesar de ser americana, seu trabalho parece ter muito mais em comum com o pop processado londrino, como London Grammar e Jamie Woon (que aliás é o produtor dessa obra). As letras desse trabalho tratam de abuso, perdas e obsessão, tudo de uma forma muito intimista e direta. As músicas são grudentas que nem qualquer música pop, contudo ficarão em sua memória pela sua profundidade não evidente em um primeiro momento.

A coisa mais impressionante em London é a voz de Banks.  Por exemplo, na já citada “Waiting Game” é impressionante ver a cantora dar toda emoção a música como se estivesse sem folego, sem paciência, é uma música que mostra realmente a dificuldade da jovem em esperar. “Waiting Game” é uma forte música de abertura, que logo tem seu clima frágil e solitário quebrado por “This Is What It Feels Like”. A segunda música do EP é uma forte mistura de batidas e vocais como se estivessem saindo de uma caverna, é algo foda, simplesmente foda. Depois somos brindados com “Bedroom Wall”, outra música melancólica e bela. E para finalizar temos a alto astral “Change”, que mostra como Banks sabe lidar tanto com a negatividade, assim com coisas positivas. London é a bizarra mistura do esgoto e das luzes das metrópoles, o glamour e a sujeira.

Banks, junto de seus colaboradores, nos transportam para  viagem emocional extremamente pessoal. Todas as batidas do disco combinam com a poderosa voz da jovem e evocam toda a complexidade que Jillian Banks deseja passar, mesmo em um trabalho de tão pouca duração. Ela já falou uma vez “as emoções humanas, todas elas, são tão bonitas, por que alguém iria querer esconde-las?” e em “London” ela tem sucesso em colocar suas emoções em uma forma pop e marcante. Que venha mais Banks em 2014.

Nota: 4/5

Conheça um pouco da talentosa Banks

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