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Crítica – Franz Ferdinand – Right Thoughts, Right Words, Right Action

by on outubro 11, 2013
 

Franz Ferdinand é uma banda descompromissada e divertida, os escoceses surgiram no longínquo ano de 2002. Inspirados pelo Talking Heads, a banda é formada pelo vocalista e guitarrista Alex Kapranos, o baixista Bob Hardy, o faz tudo (guitarra, teclado, vocal de apoio, ex-ladrão de carros, etc) Nick McCarthy e  o baterista Paul Thomson. O som desses sujeitos é pra cima e sem compromisso. Ou melhor. Era.

Quando se escuta o novo e quarto álbum “Right Thoughts, Right Words, Right Action” fica difícil não se lembrar dos bons tempos quando esses caras estavam no auge, em 2004. Era um ótimo cenário musical onde Franz Ferdinand despontava junto de outras grandes bandas como The Killers, Arcade Fire e Arctic Monkeys (crítica do último álbum desses aqui). “Right Thoughts, Right Words, Right Action” desperta saudades, pois ele não soa nada como o Franz de antigamente, e sim como algo genérico, sem vida, como as bandas de uma música só que tocam atualmente. Severo demais? Veja a faixa “Fresh Strawberries”,  uma referência direta aos lendários Beatles, mas sem nenhum charme de sua fonte, um refrão esquecível e uma guitarra fraca, quase morrendo. Outra faixa sem empolgação é “Treason! Animals” que se utiliza de efeitos sonoros bobos e uma letra mais boba ainda. Para não dizer que não falei de flores,  “Bullet” é uma boa faixa, com um bocado de energia, e dá a chance do batera Paul Thomson brilhar.

A letra de “Goodbye lovers and friends/ It’s so sad to leave you…but this really is the end” é profética, ela demonstra que esse é um último voo da banda. Infelizmente não há letras espertas nesse disco, como na saudosa música “Dark of The Matinee”. “Fresh Strawberries” manda o recado, “We will soon be rotten/ We will all be forgotten”, o que parece ser o destino da banda desde que eles começaram a cortejar pesado com o techno no terceiro álbum.  Franz Ferdinand é uma banda sem as sacadas espertas que eles tinham antigamente, hoje, a banda é feita apenas de letras diretas e sem nenhum significado profundo. É um álbum com um som muito saturado, que serve apenas para colocar de volta nos mp3 players os dois primeiros discos, que eram leves, simples e sem pretensões.

Um dos hits do fraco novo álbum, compare isso com…

A sarcástica e impactante Walk Away, ou …

A animada e irônica Do You Want To

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