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Crítica: O Tempo e o Vento (2013)

by on outubro 15, 2013
 

Todo mundo fica trancado na hora de adaptar a epopeia “O Tempo e o Vento” e não é para menos. O clássico de Érico Veríssimo, além de extremamente reverenciado pelos “diplomatas, embaixadores e bacharéis” (como diria Didi), são uns calhamaços. Cada livro da trilogia tem umas 400 páginas, sendo uma árdua, e ousada, tarefa de adaptação para qualquer um. Sabiamente Jayme Monjardim optou por transpor, livremente, só a primeira parte da trilogia, O Continente, nesse filme. O elenco é de primeira, os protagonistas são a competente e bela Marjorie Estiano (Bibiana nas telonas) e o galã Thiago Lacerda (vivendo Rodrigo no filme), em uma bela atuação. Sem contar a presença da dama do cinema nacional Fernanda Montenegro e da “estamos aí” Cleo Pires, que não da a força necessária para seu personagem, a forte, nos livros pelo menos, Ana Terra.

tempovento

O filme é uma jornada gaúcha, conta a história da família Terra Cambará e de sua principal opositora, a família Amaral, durante quase dois séculos, começando nas Missões e seguindo pelo século XX. Acompanhamos a história do Rio Grande Sul junto do drama dessas famílias e da fictícia cidade de Santa Fé. O grande trunfo da produção é narrar a saga pelo ponto de vista de Bibiana. Apesar dos protagonistas estarem muito bem em seus personagens, a maioria das atuações deixam a desejar. Muito por conta da direção que optou pelo tom novelesco, marca de Monjardim, dominar a obra. As passagens de tempo são um tanto sem nexo e algumas vezes o filme perde o ritmo.

Essa é uma produção ambiciosa, talvez até demais para seu próprio bem, com belas batalhas, ótima fotografia e direção de arte de primeira. Se você deixar passar uns diálogos meio travados e uma trilha um tanto piegas, irá experimentar uma das  histórias mais vigorosas e marcantes do Brasil.

Nota: 3/5

 

Trailer de O Tempo e o Vento

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