Eminem, nome artístico de Marshall Bruce Mathers III, o polêmico rapper, ainda tem importância agora que esta na meia idade? Ele era manchete diária, um ícone dos adolescentes nervosos da década de 90, pessoa não grata para Christina Aguilera e sempre dando pitaco em assuntos que não foi chamado. E agora? Precisamos de um cara de 41 anos cantando sobre como ele odeia a própria mãe? Não (apesar que ainda há um rancor com a dona Eminem em Legacy, mas temos um piano triste acompanhando então tudo bem), mas o novo Eminem é mais do que necessário.
Esse álbum é pura terapia para o agora maduro Eminem, uma sequência, melhor do que o original, do memorável Marshall Matters de 2000, lançado a mais de dez anos atrás. Chessus, o tempo passa. Slim Shady precisava descarregar o estresse e fez isso num território mais tradicional, deixando o experimentalismo que fez nos últimos anos de lado. O cara ainda continua batendo no mundo de frente, sem frescuras, mas agora com uma perspectiva menos cínica e sem o exagero de um sujeito juvenil. “Bad Guy” é uma faixa longa, sete minutos, e abre o álbum com pura psicopatia e intensidade. Sem contar que temos músicas como “Legacy”, “Rap God”, “Headlights” e “Evil Twin”, que são algumas das melhores canções de Eminem em anos. A nostalgia está no ar nesse disco, e Eminem finalmente esta despreocupado com sua imagem pessoal e a mídia, então aqui não tem nada de chocar só por chocar. Muito melhor que seu último trabalho, Recovery, as faixas possuem a agressividade, maestria verbal e a energia necessárias para mais um clássico do rapper branquelo.
Nota: 5/5
Escute o álbum completo aqui, mas não deixe de comprar o original nas lojas ou via download
Para mais críticas de álbuns, coletâneas e singles de outros músicos, clique aqui.